sábado, 17 de agosto de 2013

Megadeth!!


No Mundo do Rock

Bem adaptado

Cara nova no Megadeth, Chris Broderick divide as guitarras com Dave Mustaine com a naturalidade da coadjuvação; grupo é atração do Metal Open Air, que acontece nesse final de semana, no Maranhão. Fotos: Divulgação (1) e Pedro Carrilho/Divulgação (2 e 3).

Chris Broderick e os parceiros Shawn Drover (bateria), Dave Mustaine e David Ellefson (guitarras)
Chris Broderick e os parceiros Shawn Drover (bateria), Dave Mustaine e David Ellefson (guitarras)
Se até Paul McCartney, um legítimo Beatle, virou figura fácil no Brasil, quem pode condenar o Megadeth por volta e meia dar uma passadinha por nossa terra? No próximo final de semana, o grupo é uma das atrações principais do Metal Open Air– aí, sim, a novidade -, festival que promete sacudir as estruturas de São Luis, no Maranhão. E, como tal, poderá fazer um show maior do que aquele corrido do ano passado, no SWU; convenhamos também que a cidade de Paulínia, no interior de São Paulo, não é tão perto assim da capital maranhense.
Depois de um bate papo corrido com o baixista David Ellefson, às vésperas do SWU (leia matéria aqui), conversamos com o guitarrista Chris Broderick, que, com apenas quatro anos de casa – numa banda com mais de 20 - já se sente completamente integrado. Sobretudo depois do lançamento do novo álbum, “Th1rt3en”, no ano passado, no qual – garante o guitarrista – participou mais da feitura, sempre à sombra do boss Dave Mustaine. Ele também aponta a mudança do produtor do álbum anterior, “Endgame”, como um fator que fez o Megadeth pegar o gosto por músicas mais colantes, pop até, coisa já admitida por Ellefson na outra entrevista. Veja abaixo a íntegra da conversa, que rolou por telefone:
Rock em Geral: Vocês vão tocar no Brasil pela segunda vez num curto espaço de tempo, na turnê do mesmo álbum. Pretendem mudar algo no set lista, ainda mais que agora são a atração principal em uma das noites de um grande festival?
Chris Broderick: É claro que vamos tocar mais músicas, porque teremos mais tempo para tocar dessa vez. Mas estou certo que temos que tocar algumas músicas que sempre trocamos também. Mas vamos colocar músicas diferentes no set lista, incluindo músicas novas e clássicos do Megadeth.
REG: Esse show vai ser o único na America do Sul, num grande festival distante das grandes capitais brasileiras, que acontece pela primeira vez. Isso assusta vocês, de certa forma?
Chris: Bem, eu sempre fico um pouco nervoso antes de cada show, seja ele muito grande ou muito pequeno. Mas, no fim das contas, quanto estou no palco, vejo os fãs e percebo como eles estão entusiasmados, o quanto eles estão se divertindo e isso me deixa muito animado. Vai ser incrível, tenho certeza.
REG: O Megadeth vai tocar na sexta. Como vocês não têm outro show agendado na sequência, você pretende curtir os outros dias do festival?
Chris: Eu não tenho certeza, mas acho que já voamos de volta para casa no sábado.
REG: “Th1rt3en” é o segundo disco que você grava como um integrante do Megadeth, como avalia isso?
Chris: Eu acho que, para mim, pessoalmente, foi bom gravar esse novo CD para me deixar mais confortável comigo mesmo. Musicalmente, no “Endgame” foi mais para eu me concentrar no jeito de tocar guitarra e de tentar fazer aquilo que eu deveria fazer como guitarrista. Nesse novo álbum me senti bem mais à vontade e mais integrado em todo o processo.
REG: Os dois álbuns têm produtores diferentes. Saiu o Andy Sneap e entrou o Johnny K. Que diferença faz? Você não acha que o Mustaine poderia produzir o disco ele próprio?
Chris: Ah, o Dave Mustaine está sempre envolvido, ele sempre estará lá, sempre envolvido nas coisas do Megadeth, vendo se está tudo cem por cento como dever ser. Mas, ao mesmo tempo, eu acho que ele sempre quer saber as opiniões de outras pessoas. Para mim os dois, Johnny K e Andy Sneap, têm bons métodos de trabalho. O Johnny K olha mais para a música como um todo e como ela foi feita, o tipo de melodia que ela pede da voz e como funciona do início até o final. E o Andy Sneap, para mim, é mais meticuloso na hora dos takes. Ele quer sempre ter a certeza de que tudo está ajustado para se fazer o melhor take possível, e trabalha duro para que isso aconteça. Os dois têm métodos diferentes de produção, mas são fantásticos, cada um à sua maneira.
Chris Broderick nem parece 'novo' na banda
Chris Broderick nem parece 'novo' na banda
REG: Você diria que o Andy Sneap é mais engenheiro de som e o Johnny K é mais produtor?
Chris: Não, mas acredito que ele está mais ligado na performance da música na hora de gravar, enquanto o Johnny K é mais ligado no som como um todo, na estrutura das músicas, como elas foram compostas.
REG: Você não acha que nesse disco as músicas estão com uma abordagem mais pop, de certa forma, com refrões mais colantes? Houve uma busca nesse sentido?
Chris: Mesmo que você tenha a intenção de fazer alguma coisa quando começa a compor uma música, na minha cabeça a música busca seu próprio caminho, de uma forma ou outra, às vezes encontrando um caminho maluco para seguir. Eu não acho que há essa intenção, mas acho que quando se trabalha com um cara como o Johnny K, você acaba pensando mais na estrutura das músicas, e há sempre a atração pela música. Mas, na minha cabeça, quando você começa a compor uma canção, ela acha o seu caminho.
REG: Parece que você se adaptou muito bem desde que entrou no Megadeth, há quatro anos. Foi fácil para você entrar na banda ou você é fã do Megadeth já há bastante tempo?
Chris: Eu sempre estive envolvido com isso e acompanhava o Marty Friedman (ex-guitarrista do Megadeth) quando ele ainda tocava com o Jason Becker, no Cacophony. Aí, quando ele entrou no Megadeth para gravar o “Rust in Peace” (disco de 1991), foi que eu me tornei um fã do Megadeth. Passei a conhecer os discos anteriores, tudo que o (Chris) Poland (guitarrista anterior) já tinha feito, todas as guitarras. Então entrar para a banda foi mais fácil por eu já ser fã do Megadeth, sobretudo das guitarras, incluindo as do Dave Mustaine.
REG: Deve ser difícil tocar guitarra ao lado do Dave Mustaine, porque às vezes ele é quem sola e você faz a base, e, em outras vezes, é o contrário. É difícil acompanhá-lo?
Chris: Eu não vejo dessa forma. Ele definitivamente é muito detalhista em saber o que quer. Mas, para mim, isso acaba tornando as coisas mais fáceis, porque eu não tenho que me preocupar muito com o eu devo fazer ou algo parecido. Eu já sei, e só que tenho que fazer é a minha performance. De certa forma isso torna as coisas mais fáceis, não tenho que me preocupar com o que devo fazer no palco ou com nada disso. Então eu diria que é fácil tocar assim.
REG: Recentemente o Dave Ellefson retornou para a banda, e muitos fãs do Megadeth sonham com a volta da formação clássica, com Marty Friedman nas guitarras e Nick Menza na bateria. Isso é o tipo de coisa que tira o seu sono?
Chris: Não, de jeito nenhum (risos). Se acontecer… não há melhor guitarrista para entrar no seu lugar do que Marty Friedman, não é? Não é nada que me faça perder o sono ou algo do tipo. Estou tocando guitarra no Megadeth agora e me divertindo muito, num bom momento. Então gosto muito disso, mesmo que acabe amanhã.
REG: Você trabalha em algum projeto solo?
Chris: Não, nada no momento.
REG: Ainda é cedo, mas já temos músicas para um novo álbum do Megadeth?
Chris: Tenho certeza de que todos têm suas ideias, porque eu mesmo tenho gravado as minhas, mas não pensamos nisso conjuntamente ainda, para enumerar quais riffs devem entrar no próximo CD. Temos ideias, sim, mas não começamos a organizá-las ainda. Como sempre faço, assim que tenho uma nova ideia, mesmo nos bastidores das turnês, eu trato logo de gravar, mesmo que seja na mesa do show, só para registrar. Não quer dizer que temos uma demo com músicas gravadas.
REG: Sobre a turnê “Big Four”, você não fez parte da era de ouro do thrash metal. Como é fazer parte disso depois de tanto tempo?
Chris: Para mim é uma grande honra, e ao mesmo tempo é uma lição de história porque estar lá no palco junto com essas outras três grandes bandas é inacreditável. A amizade dos caras e a atual história do thrash permanece.
REG: Dave Mustaine quer fazer um novo projeto com os caras do Metallica, o Lars Ulrich e James Hetfield. Sabe alguma coisa disso?
Chris: Acho que eles podem fazer isso juntos. São só três caras que são amigos e então é só se juntar e começar. Acho que seria fantástico!
REG: Você gostaria de fazer parte desse projeto?
Chris: Mas é claro! Quem não participaria?
O chefão Dave Mustaine cantando no show do Megadeth no SWU 2011; agora é a vez do Maranhão
O chefão Dave Mustaine cantando no show do Megadeth no SWU 2011; agora é a vez do Maranhão

Mais uma Dose!!

No Mundo do Rock

Mais uma dose

‘Dias de Luta’, livro que melhor explica o rock brasileiro dos anos 80, tem relançamento 10 anos após à primeira edição; autor Ricardo Alexandre explica os detalhes. Foto: Reprodução.

AF_CURVAS_CAPA DIAS DE LUTASe você conhece a década de 1980 no rock nacional a partir de festinhas trash cujo nome não vale grafar e acha que aquela é que foi a geração perdida, você está fazendo isso de modo errado. Mas a história está te dando uma nova oportunidade de descobrir, tintim por tintim, como tudo aconteceu e o porquê de o rock ter dominado as paradas musicais no Brasil naquele período. É que o livro “Dias de Luta - O Rock e o Brasil dos Anos 80″, do jornalista Ricardo Alexandre, está sendo reeditado, quando a edição inicial completa (já?) uma década.
Sim, na década de 1980 o playlist das grandes rádios era rock de cabo a rabo, as bandas nacionais lotavam casas de shows de diversos portes, as novelas tinham rock na trilha sonora, o cinema ia atrás do rock e até as vinhetas de final de ano da “Globo” eram protagonizadas por artistas de rock e narradas pelas locutoras da rádio rock da época, a Fluminense FM. Foi a Flu FM, junto com o Circo Voador, que catapultou essa história, comum a outros países em períodos pós ditadura, e que foi desaguar improvável verão do rock do Rock In Rio.
É por aí a maior sacada de Ricardo Alexandre, que conta a história do rock nacional do período, abraçado pela juventude, contextualizando com as mudanças políticas e sociais pelas quais nosso País passava. E isso sem soar aquela coisa chata de livros de história. Para saber os detalhes dessa redição de “Dias de Luta”, falamos com o autor, que explica o que há de diferente da edição original, o cruzamento com o mundo virtual (veja aqui o site, com imperdíveis podcasts temáticos), e os novos projetos, que inclui um livro sobre o rock da década de 1990. Leia abaixo o resumo do papo, travado via e-mail:
Rock Em Geral: O que foi acrescentado de conteúdo inédito nessa nova edição do livro “Dias de Luta”?
Ricardo Alexandre: Na edição em papel, o texto foi revisto, e atualizado e corrigido onde era necessário. O projeto gráfico é totalmente novo – e, curiosamente, mais próximo da minha ideia original de 2002, vencida pela sugestão da editora. Há um novo prefácio, escrito em 2012 e um apêndice com uma sugestão de playlist com as 50 músicas mais importantes daquela história. Nessas, o livro ganhou 40 páginas. Mas o grande objetivo da edição em papel era trazer a obra de volta às lojas. A edição em e-book, prevista para junho, esta sim, vem cheia de extras, como o áudio das entrevistas originais, testes de capa, anotações etc.
REG: Desde quando o livro estava fora de catálogo e por que isso acontece?
Ricardo: Se não me falha a memória, a tiragem original se esgotou em dois anos. No nosso caso, aconteceu que a DBA é uma editora especializada em livros de arte e projetos de conteúdo para marcas, e 4 mil exemplares de um livro de jornalismo foi considerado uma boa venda, o suficiente para ficarem satisfeitos – mas não o bastante para que decidissem bancar nova impressão e distribuição. Depois de cinco anos, os direitos do livro voltam para o autor – e, estranhamente, nem a editora nem eu cogitamos relançá-lo desde 2007. Esse desejo só apareceu quando se aproximava a efeméride dos 10 anos da publicação original.
REG: Houve mudança de editora nesse período. Deu trabalho liberar a reedição do seu próprio livro?
Ricardo: Não, de forma alguma. Sempre tive uma relação excelente com a editora DBA, especialmente com o amigo Alexandre Dórea, que ajudou tanto quanto pode, em detalhes muito valiosos do processo. De mais a mais, os direitos eram meus.
REG: Lembrando da edição original, assim como o surgimento do rock no início dos anos 80 é bem explicado, faltou uma explicação para a queda do movimento, na década de 90. Você chegou a mexer nessa parte? Ou nem concorda com esse ponto de vista?
Ricardo: Não, não mexi em nada da estrutura do livro – apenas detalhes ao longo de todo o texto para corrigi-lo e atualizá-lo. Eu lembro da crítica do Rock em Geral à edição original, havia algumas reservas justamente à ideia de que aquela geração havia se deixado cooptar pela mpb (leia a crítica aqui). Hoje eu acho que você estava certo, acho que isso é uma das coisas que mais me incomodaram no processo de revisão do livro – mas por honestidade histórica, eu preferi deixar como estava. Atualmente, creio que essa visão, de que o rock brasileiro deveria seguir peitando Caetano e Gil, era muito ingênua e muito injusta com ambos os lados. Isso posto, acredito que a derrocada do movimento está, sim, registrada, em seu estranhamento com a indústria, em sua autocondescendência, em seu experimentalismo, em sua soberba, nas drogas, nos fins de algumas bandas, e em sua inabilidade de renovar-se diante de uma geração de entertainers totalmente subservientes à indústria (axé music, sertanejos, pagodeiros etc).
REG: Você está trabalhando num livro sobre o rock dos anos 90. Será parecido com o “Dias de Luta?” Dê mais detalhes sobre o projeto:
Ricardo: Não, será totalmente diferente. Na verdade, sempre me perguntavam sobre a “continuação” do “Dias de luta”, desde 2002, e eu dizia que um projeto assim seria impossível por definição, já que o eixo do primeiro livro é o ponto de vista de alguém que olhava para aquela geração de fora, como um espectador comum. Nos anos 90, eu estava envolvido desde a primeiríssima hora, como jornalista. Mas decidi usar essa característica como ponto de partida de um novo projeto. Começa em maio, em forma de blog, dois capítulos por semana. Em primeiríssima pessoa, as aventuras de um moleque jundiaiense na última dentição do rock brasileiro, “Almost Famous” total. Ao final de 50 capítulos, reunimos tudo e lançamos em papel. Vai se chamar “Cheguei Bem a Tempo de Ver o Palco Desabar”.
REG: Algum outro projeto em andamento?
Ricardo: Quero tentar estabelecer a “Tudo Certo Conteúdo Editorial” como uma boa parceira para quem tem plataformas e precisa de conteúdo, esse é o grande projeto. Tenho feito coisas com TVs, com aplicativos, rádio. Espero que dê certo.
REG: Há quem enxergue que o rock nacional está em baixa no mercado. Você pensa dessa forma ou aponta a diluição das novas formas de se ouvir música a culpada pela falta de referências nos nossos tempos?
Ricardo: Acho que há de se “fatiar” essa questão. Primeiro, porque o que costumamos chamar de rock brasileiro hoje não obedece mais o padrão de música-jovem-dominada-por-guitarras. Acho que a linhagem do rock brasileiro dos anos 80 veio dar no Curumin, na Céu, no BNegão, coisas que dificilmente tocariam numa rádio rock. Em segundo lugar, porque o rock que sobra, aquele evidentemente roqueiro, ou acabou virando música de criança (Restart, NXZero,Charlie Brown Jr) ou virando algo que, a despeito da qualidade, não dialoga muito com o pop (Vespas Mandarinas, Diablo Motor). Mas não acho que a questão esteja aí. Na minha opinião, a grande diferença é que nos anos 80 todo mundo precisava, em algum momento de sua fase inicial, enfrentar e provar-se para um público que não era o seu. Seja no Napalm, no Rock Voador ou no Chacrinha, aquela banda radical de pós-punk socialista precisava fazer dançar e cantar junto. Hoje, com a internet,sua música chega ao mesmo tempo no sertão nordestino e nas capitais do sul. Qualquer banda tem a ilusão de encontrar “fãs” em qualquer lugar que pisa, sem nunca ter de fato rompido o terceiro escalão. Aí é que está a diferença. Temos grandes bandas no underground e, desde o Skank, não temos uma banda de influencias roqueiras no mainstream.
REG: Você foi o editor da “Revista Bizz” na última fase. Como avalia essa experiência hoje, seis anos depois, e, afinal, por que a revista deixou de ser publicada?
Ricardo: Foi a materialização de um sonho, sem nenhum bônus e com todo o ônus de uma estrutura gigantesca como a da editora Abril. Durmo absolutamente tranquilo de termos feito um ótimo trabalho ali, editorialmente falando. Talvez tenha sido a equipe mais talentosa, e certamente a mais apaixonada com quem já trabalhei. Mas poderia ser ainda mais talentosa e mais apaixonada que o resultado seria o mesmo: não consigo imaginar saída para uma revista profissional sobre música num mundo ultrassegmentado, 2.0, em que a informação circula tão livre. Espero do fundo do coração estar errado, mas não vejo muito futuro para revistas de música.
REG: Você está no comando de um estúdio de criação editorial, chamado “Tudo Certo Conteúdo Editorial”. Como funciona e quais os projetos envolvidos nesse trabalho?
Ricardo: A criação da Tudo Certo foi uma forma que me ocorreu de continuar gerindo jornalistas, revelando gente nova e talentosa, e harmonizando diferenças, coisas que eu gosto muito de fazer e que sempre fiz com sucesso. Mas eu não quero ser editora, nem produtora, não posso nem sei empenhar esforços e recursos em áreas para as quais não tenho preparo. Então eu faço parcerias, com emissoras de TV, com escritórios de marketing, com quem tenha plataforma, enfim, e precise de conteúdo apurado e confeccionado com cuidado e capricho. Os primeiros frutos disso foram os documentários para a Globosat, “Napalm: O som da cidade industrial” e “Júlio Barroso, Marginal conservador”, feitos para o canal BIS. Estou trabalhando em um aplicativo infantil para uma marca de smart-TVs, num filme para uma televisão regional e no livro contando a história da 89FM. E conversando muito, com muita gente bacana, o que me dá um enorme prazer também.

Sepultura


No Mundo do Rock

Reencontro

Sepultura embarca para a Califórnia em junho para gravar novo álbum com Ross Robinson, o produtor de “Roots”, maior sucesso comercial do grupo e último com Max Cavalera; grupo grava DVD no Rock In Rio. Fotos: Alex Solca/Divulgação (1 e 3) e Reprodução/Internet (2).

Sepultura: Andreas Kisser (guitarra), Derrick Green (vocal), Paulo Jr. (baixo) e Eloy Casagrande (bateria)
Sepultura: Andreas Kisser (guitarra), Derrick Green (vocal), Paulo Jr. (baixo) e Eloy Casagrande (bateria)
A fase é boa, mas pode melhorar. Depois do grande sucesso internacional do álbum “Kairos”, lançado em 2010 e que recolocou o Sepultura no cenário global do heavy metal, o grupo vai gravar o novo disco com o produtor Ross Robinson, em junho, nos Estados Unidos.
A gravação vai ser a primeira no exterior desde 1998 e marca o reencontro com o produtor responsável pelo sucesso do álbum “Roots”, o último com Max Cavaleranos vocais, lançado em 1996. A banda vai contar ainda com ajuda de Steve Evetts, produtor de outros três álbuns, e a gravação marca também a estreia do baterista Eloy Casagrande, que entrou na banda em 2011, em disco. É pouco?
Pois o Sepultura também está se preparando para gravar um novo DVD, com o show junto com o grupo de percussão francês Tambours du Bronx, no Palco Mundo do Rock In Rio. O show foi considerado um dos melhores do Palco Sunset em 2011 (veja como foi). O grupo ainda vai tocar em outra data do mesmo Rock In Rio, junto com o cantor e compositor Zé Ramalho.
Assuntos que já renderiam uma boa conversa com chefão da banda, o guitarrista Andreas Kisser, caso ele não revelasse que uma das músicas novas se chama “The Vatican” e homenageia o Papa e o Vaticano, e ainda a gravação de dois covers. O novo disco, ainda sem título definido, terá, como faixas bônus, versões para “Da Lama Ao Caos”, de Chico Science e Nação Zumbi, e “Zombie Ritual”, do Death. Olha o resumo da conversa aí embaixo:
Rock em Geral: Como estão os preparativos para a gravação do novo álbum, com o Ross Robinson?
Andreas Kisser: Nós começamos a escrever material novo já no ano passado, alguns riffs e tal, mas começamos a trabalhar mesmo esse ano. O legal é que nós vamos ter essa junção com o Ross Robinson de novo. Com o fim da Roadrunner, um dos caras que saíram foi o Monte Conner, que foi o cara que assinou com o Sepultura e a Roadrunner em 1988, que acreditou na banda. Agora ele é o presidente da nossa gravadora, a Nuclear Blast, nos Estados Unidos. Foi ele que trouxe essa ideia de juntar a gente com o Ross, e eu achei fantástico fazer um disco com o cara de novo depois de tanto tempo. O Ross é um cara emblemático nessa área do nu-metal, fez o “Roots”, fez o SlipknotDeftonesLimp Bizkit, muita gente… Quase 20 anos depois vamos trabalhar juntos de novo. Estou super feliz e motivado, e além do Ross o engenheiro de som vai ser o Steve Evetts, que trabalhou com a gente em três discos, o “Revolusongs” (EP de 2002), aquele só de covers, o “Nation” (2001) e o “Dante XXI” (2006). É uma dupla que se conhece muito bem, conhece o Sepultura e nós conhecemos os caras.
REG: Eles já trabalharam juntos?
Andreas: Com o The Cure (álbum “The Cure”, de 2004) eles fizeram juntos, e já trabalham juntos há um tempo. Vamos gravar no estúdio do Ross, em Venice, na Califórnia, faz tempo que não gravamos um disco fora do Brasil, desde o “Against” (1998). Vamos ficar umas seis semanas lá gravando, o Steve Evetts provavelmente vai mixar o disco também, tá tudo em casa, é um pessoal que conhece muito da história da banda, é fácil de trocar ideia, conversar sobre coisas novas a fazer.
REG: O que você acha que o Ross pode acrescentar ao som do Sepultura? Faz tempo que ele não tem um trabalho de destaque…
Andreas: A procura nossa e a dele também não é buscar essa coisa antiga, fazer um “Roots” de novo, isso tá fora de moda. O “Roots” foi um dos discos de maior sucesso da história da banda. Mas nós sabemos o jeito que ele trabalha, como ele passa as ideias. Ele é um produtor que - lógico - conhece a coisa técnica, mas o lance dele é muito mais orgânico, aquela coisa da hora de gravar, com o vocal. Ele vai trazer esse know-how e essa coisa de extrapolar os nossos próprios limites, fazer a performance de uma música como a gente nunca fez… Ele é aquele cara que fica pulando do lado do estúdio enquanto você tá gravando, tacando coisa na parede. É uma coisa que estimula realmente, uma técnica que tem muita gente que não concorda, mas conosco funcionou muito bem. Nós já sabemos muito bem o que queremos, e trazendo essas coisas do Ross podemos extrapolar um pouco mais e fazer um disco explosivo.
REG: O Steve então é que é o produtor mais técnico…
Andreas: Exatamente, ele é o cara que faz a produção de pro tools, aquela coisa mais técnica funcionar, enquanto com o Ross vai ser aquela coisa de criação, de arranjo, principalmente na voz, ele sempre tirou o melhor dos vocalistas. A performance do Max (Cavalera, ex-vocalista) no “Roots” é fantástica. Tudo tem a ver da maneira como o Ross faz a coisa acontecer dentro do estúdio. Ele vai realmente tirar isso da gente de uma maneira que só ele conseguiria.
REG: Vocês estão com o material fechado, é só chegar e gravar?
Andreas: Estamos no processo, vamos entrar no estúdio em junho, mas estamos com uns 70% da coisa feita. Já tem 13 músicas bem encaminhadas e estamos trabalhando em arranjo de vocal agora, tô pensando em alguns solos, escrevendo algumas letras. O Derrick (Green, vocalista) também tá trazendo umas ideias. Estamos com a parte instrumental bem adiantada, uns 90%, e agora estamos fechando esses esqueletos, esses esboços de música. Estamos super felizes com o material, o Eloy tá trazendo um energia espetacular para a banda, fazendo coisas incríveis na bateria, mirabolantes, estimulando a fazer umas coisas mais desafiadoras. Acho que ao mesmo tempo em que você aquele Sepultura característico, tem uma coisa mais moderna, mais nova.
Ross Robinson em seu parque de diversões
Ross Robinson em seu parque de diversões
REG: Baterista influencia na hora de compor ou é mais na hora de tocar?
Andreas: Na hora de compor também, cada um traz a sua capacidade, sua maneira de levar o ritmo, de fazer as coisas.
REG: E o Eloy tá bem nesse processo então…
Andreas: Pra caralho! Ele ficou na casa dele fazendo algumas levadas de batera e me mandou e dali surgiram alguns temas, ideias. O Eloy é um cara jovem, mas tem uma bagagem espetacular, uma experiência fodida, já tocou com varias situações diferentes, estúdio e estrada, com músicos de tudo quanto é jeito. É um cara muito focado, muito profissional, um músico espetacular. É foda: de Iggor (Cavalera) para Jean (Dolabella) para Eloy, parece que as coisas só melhoram, é cada vez mais novo e melhor. Então tá um puta som, esse disco vai ser um dos mais fortes da nossa história.
REG: Já tem nome de música para anunciar?
Andreas: Tem alguns nomes, vou falar um, não falei nome nenhum para ninguém ainda… Tem uma música que o nome surgiu de uma coincidência histórica, vamos dizer assim. Nós estávamos ensaiando, naquela semana da escolha do Papa. No dia em que saiu a fumaça branca, tínhamos uma música animal, “evil” pra caralho, puta porrada, e a gente resolveu chamar de “The Vatican”, em homenagem ao novo Papa. Mas não sei se ele vai se sentir homenageado, porque a letra conta a história de como o Vaticano foi criado, os Papas, e é uma história sangrenta, cheia de orgia, assassinatos, corrupção, adultério. É uma coisa de fazer qualquer Satanás orgulhoso (risos). Vamos explorar esse lado, a pedofilia, a corrupção, o Banco do Vaticano, que é um dos bancos mais secretos do mundo, uma coisa cheia de obscuridades. É uma singela homenagem dos brasileiros do Sepultura.
REG: Vai ter convidados nesse disco?
Andreas: Deve ficar só nós quatro mesmo porque vamos estar nos Estados Unidos. Talvez tenha um músico amigo meu que é maestro, arranjador de trilha de cinema, então vamos trabalhar em alguns sons extras, orquestrais, meio de trilha mesmo, com teclado. Vamos gravar dois covers, tô falando também em primeira mão. Vamos fazer uma música do Chico Science e uma do Death. Vai ser “Da Lama ao Caos”, do Chico, e “Zombie Ritual”, do Death. Sempre gravamos umas músicas assim para bônus, e fazer Chico Science vai ser uma homenagem que demorou para fazermos. Nós até tocávamos algumas coisas do Chico Science ao vivo, mas para gravar é agora, com o Derrick cantando em português, vai ser uma versão bem interessante e que vem em boa hora. Nada é muito garantido ainda, mas a intenção é deixar os covers como bônus mesmo.
REG: A turnê do “Kairos” foi a maior turnê do Sepultura, na fase Derrick?
Andreas: Pode ter sido, acho que o “Kairos” realmente veio com força, a Nuclear Blast é uma gravadora que fez um trabalho fantástico e realmente o disco foi muito bem aceito. Para nós foi um sucesso fantástico, pelo trabalho que fizemos, pela consequência de onde tocamos, no Rock In Rio, Wacken duas vezes em dois anos seguidos com shows diferentes. Fomos em tudo quanto é lugar realmente. A turnê da Indonésia foi espetacular, voltamos para lá pela primeira vez desde 1992. E agora vamos em maio de novo para o exterior, não necessariamente na turnê do “Kairos”, mas ainda sem nada novo para mostrar, para depois voltar e entrar em estúdio em junho para gravar esse disco novo. Se tudo der certo lançamos no final de outubro.
REG: O show do Rock In Rio com o Tambours du Bronx, que no ano passado foi tido como um dos melhores do Palco Sunset, esse ano foi promovido para o Palco Mundo. Vai ser o mesmo show ou vão mudar alguma coisa?
Andreas: O show vai ser parecido, a maioria dos temas, que os aranjos já estão feitos. Estamos justamente fazendo o Palco Mundo para fazer o registro desse show em DVD. Vai ser um show de uma hora, só que teremos um palco específico, alguns efeitos especiais para fazer esse DVD. Estamos trabalhando em umas versões novas também, do “Kairos”, mas basicamente deve ser 80% do material que fizemos no Palco Sunset, que foi um show que ultrapassou as expectativas.
REG: No fim das contas é melhor tocar fechando o Palco Sunset ou na abertura do Palco Mundo?
Andreas: O melhor é tocar! Nós já fizemos de tudo. Em 1991, no Rock In Rio, tocamos meia hora ali, abrimos o show com o sol na cara, ralando, e foi um show histórico para a banda. Foi onde realmente abriram as portas brasileiras para o Sepultura. Na Europa já estávamos com um caminho legal, e aqui no Brasil achavam que não era nada de especial, e a partir daquele show do Rock In Rio, de meia hora, foi uma coisa que mudou a ideia do brasileiro com o Sepultura. E já tocamos antes do Iron Maiden no Palco Mundo (em 2001) também. O lance é tocar, aproveitar a oportunidade. Em 2011, quando tocamos no Sunset muita gente falou “pô, mas o sepultura no Sunset…” Mas desde a hora que eles apresentaram o projeto dessa mistura de artistas eu vi que esse palco teria um puta potencial de ser uma coisa única, e é realmente, não tem em nenhum festival do mundo. E o Sunset cresceu, é um palco maior, com dimensões e uma atenção da mídia muito mais delicada, focada no palco. E vamos tocar no dia do Iron Maiden, um show junto com o Zé Ramalho.
REG: Como tá isso, vocês já estão ensaiando?
Andreas: Não, ainda não. Já conversamos sobre algumas ideias, vai ser um show realmente histórico, uma surpresa muito legal para a galera. Estamos pensando em fazer umas versões mais antigas de músicas do próprio Zé e vamos ver o que vai acontecer.
REG: A ideia é misturar o repertório dos dois, ou deixar metade do show para cada repertório?
Andreas: Na verdade ele vai fazer uma participação, estamos pensando em fazer umas três ou quatro musicas com ele e o resto do set fazer só as velharias clássicas, deixar uma coisa mais “old school” mesmo.
REG: Ao mesmo tempo vocês vão lançar o disco novo nessa época…
Andreas: Exatamente, mas não pretendemos tocar nada de novo. O disco vai estar pronto, mas a turnê é só depois, quando o disco sair de verdade.
Álbum é o primeiro que tem a participação do prodígio baterista Eloy Casagrande, na banda desde 2011
Álbum é o primeiro que tem a participação do prodígio baterista Eloy Casagrande, na banda desde 2011

Alter Bridge

Últimas Notícias

Ouça a nova música do Alter Bridge, ‘Addicted To Pain’

Disco completo será lançado em outubro

alterbridgefortressA nova música do Alter Bridge, “Addicted To Pain”, pode ser escutada nesse endereço. Ela faz parte do novo álbum da banda, “Fortress”, que será lançado no dia 8 de outubro. A produção ficou à cargo de Michael “Elvis” Baskette. O disco mais recente da banda é “ABIII”, de 2010, e a formação conta com Myles Kennedy (vocal), Mark Tremonti (guitarra), Brian Marshall (baixo) e Scott Phillips (bateria). Veja abaixo a lista completa com todas as músicas que estão no CD:
1- Cry Of Achilles
2- Addicted To Pain
3- Bleed It Dry
4- Lover
5- The Uninvited
6- Peace Is Broken
7- Calm The Fire
8- Waters Rising
9- Farther Than The Sun
10- Cry A River
11- All Ends Well
12- Fortress

Nirvana

Últimas Notícias

Nirvana: lista das 89 faixas da edição especial de ‘In Utero’

Edição super deluxe será no formato 3CD + DVD

nirvanainuteroConforme noticiado antes, será lançada uma versão especial para comemorar o aniversário de 20 anos do álbum “In Utero”, o último gravado pelo Nirvana. Todos os formatos do lançamento reúnem 89 faixas, entre versões remasterizadas, remixadas, não lançadas até hoje e gravadas ao vivo. A edição super deluxe será no formato 3CD + DVD, mas caixas com um e dois CDs, e três LPs também serão colocadas à venda. O material foi preparado pelos dois integrantes remanescentes do trio, Dave Grohl e Krist Novoselic. O lançamento acontece nos dias 23 e 24 de setembro, dependendo da região do Globo.
“In Utero” foi lançado após o estouro mundial do álbum “Nevermind”. O disco tem hits como “Heart-Shaped Box”, “Rape Me” e “Serve The Servants”. O lançamento aconteceu no dia 13 de setembro de 1993, menos de sete meses antes da morte de Kurt Cobain, em abril de 1994. Veja abaixo a lista completa das fixas da versão super deluxe, com 3CD + DVD:
CD1
1- Serve The Servants
2- Scentless Apprentice
3- Heart-Shaped Box
4- Rape Me
5- Frances Farmer Will Have Her Revenge On Seattle
6- Dumb
7- Very Ape
8- Milk It
9- Pennyroyal Tea
10- Radio Friendly Unit Shifter
11- tourette’s
12- All Apologies
13- Gallons Of Rubbing Alcohol Flow Through The Strip (faixa bônus nos EUA)
14- Marigold (Lado B; “Heart Shaped Box”)
15- Moist Vagina (Lado B; “All Apologies”)
16- Sappy
17- I Hate Myself And Want To Die
18- Pennyroyal Tea (mix de Litt)
19- Heart-Shaped Box (mix de Albini/inédito)
20- All Apologies (mix de Albini/inédito)
CD2
1- Serve The Servants (mix 2013)
2- Scentless Apprentice (mix 2013)
3- Heart-Shaped Box (mix 2013)
4- Rape Me (mix 2013)
5- Frances Farmer Will Have Her Revenge On Seattle (mix 2013)
6- Dumb (mix 2013)
7- Very Ape (mix 2013)
8- Milk It (mix 2013)
9- Pennyroyal Tea (mix 2013)
10- Radio Friendly Unit Shifter (mix 2013)
11- tourette’s (mix 2013)
12- All Apologies (mix 2013)
13- Scentless Apprentice (Demo - Rio)
14- Frances Farmer Will Have Her Revenge On Seattle (Demo - Laundry Room)
15- Dumb (Demo - Word Of Mouth)
16- Very Ape (Demo - Rio)
17- Pennyroyal Tea (Demo - Word Of Mouth)
18- Radio Friendly Unit Shifter (Demo - Word Of Mouth)
19- tourette’s (Demo - Word Of Mouth)
20- Marigold (Demo - Upland Studios)
21- All Apologies (Demo - Music Source)
22- Forgotten Tune (Ensaio)
23- Jam (Demo - Word Of Mouth)
CD3 - Live & Loud: Live at Pier 48, Seattle, WA - 13/12/93
1- Radio Friendly Unit Shifter
2- Drain You
3- Breed
4- Serve The Servants
5- Rape Me
6- Sliver
7- Pennyroyal Tea
8- Scentless Apprentice
9- All Apologies
10- Heart-Shaped Box
11- Blew
12- The Man Who Sold The World
13- School
14- Come As You Are
15- Lithium
16- About a Girl
17- Endless, Nameless
DVD - Live & Loud: Live at Pier 48, Seattle, WA - 12/13/93
1- Radio Friendly Unit Shifter
2- Drain You
3- Breed
4- Serve The Servants
5- Rape Me
6- Sliver
7- Pennyroyal Tea
8- Scentless Apprentice
9- All Apologies
10- Heart-Shaped Box
11- Blew
12- The Man Who Sold The World
13- School
14- Come As You Are
15- Lithium
16- About a Girl
17- Endless, Nameless
Extras
18- Very Ape (Ensaio do Live & Loud)
19- Radio Friendly Unit Shifter (Ensaio do Live & Loud)
20- Rape Me (Ensaio do Live & Loud)
21- Pennyroyal Tea (Ensaio do Live & Loud)
22- Heart-Shaped Box (Vídeo Original + Versão do Diretor)
23- Rape Me (Ao Vivo no “Nulle Part Ailleurs” – Paris, França)
24- Pennyroyal Tea (Ao Vivo no “Nulle Part Ailleurs” – Paris, França)
25- Drain You (Ao Vivo no “Nulle Part Ailleurs” – Paris, França)
26- Serve The Servants (Ao Vivo no “Tunnel” – Roma, Itália)
27- Radio Friendly Unit Shifter (Ao Vivo em Munique, na Alemanha)
28- My Best Friend’s Girl (Ao Vivo em Munique, na Alemanha)
29- Drain You (Ao Vivo em Munique, na Alemanha)

Hail to the King Novo VideoClip - Avenged Sevenfold!!